Deviam admitir os seus
não saberes
Tudo que vejo e leio a respeito do ser, está sempre inserido em
sentimentos individualistas, que fatalmente nos levam ao
egocentrismo, a meu ver, à minha análise, são sempre
corroborativas, portanto, não há nada de novo. Há sempre um
continuísmo. Uma pregação de afirmação daquilo que, a meu
sentir, não nos levou nem nos levará a felicidade.
Percebo que todos os autores mais antigos e menos antigos, estão
aqueles que apregoavam este contexto, e estes últimos, que os copiam
insistentemente. Penso que isso se deva ao fato de que na grande
maioria deles, trata-se de pessoas intelectualizadas, abastadas ou
que nada viveram de fato, os fatos da vida que poderiam lhe darem
embasamentos mais concretos a respeito de ser feliz.
Aprendem literariamente vias outros das mesmas estirpes, via a esta
mesmice de sempre. Estes, que corroboram, inevitavelmente com o
materialismo, como forma de adquirir felicidades através da falsa
prosperidade, que jamais de fato, nos fazem felizes de fato. Até
quando dizem crer em algo que poderia ser louvável, não passa, no
fundo, no meu ver mais profundo, de teorização do mundo.
Mimados, salvo exceção de alguns, são criados em berços de ouro,
mas que conhecem definições através das palavras que lhes dão
sentidos teóricos, que jamais tiveram feitos em suas vidas o efeito
de cruzarem o cheiro da urina dos bebês, com o que dizem as palavras
que pensam, eles, darem e serem suficientes para saber de fato o
cheiro das urinas.
O que esses pensam, moldados em teorizações literárias e sem
vivências, são em absolutos, crenças cegas. Porque nunca tiveram
que comer bagaço de laranja chupada e atirada na beira da calçada
para que pudessem saciarem suas fomes. Como podem estes, avaliarem de
forma concreta e verdadeira a real sabedoria que isso os levariam a
sabê-los, se não, aqueles que passaram por este treinamento de
vida?
A arte de ver o profundo, requer experiência para que possamos
sentir, a revivência, os fatos da verdade dos fatos. Fora destes
contextos reais, ficam as teorizações fadadas ao exato sentido do
que possam ser chamados de teorizações. Ainda que chegam próximo
através das palavras, o sentir é algo espiritual, que fogem as
compreensões para serem julgadas por outrem, que não sejam, os
propulsores dos fatos, ainda que os tenham sido involuntariamente
promulgados.
Muitos de nós que chuparam os bagaços das laranjas atiradas, jamais
tivemos chances de externar nossas verdades. Somos incultos,
analfabetos, pobres, sem chances de darmos a contribuição desta ao
país, e aos intelectuais, para que pudemos dá-los a estes, a real
visão de que neste contexto, deviam limitar-se a dizer e praticar a
humildade de Sócrates: “só sei que nada sei”
ZéReys Santos.
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