sábado, 18 de junho de 2016

DEVIAM ADMITIR OS SEUS NÃO SABERES

Deviam admitir os seus não saberes

Tudo que vejo e leio a respeito do ser, está sempre inserido em sentimentos individualistas, que fatalmente nos levam ao egocentrismo, a meu ver, à minha análise, são sempre corroborativas, portanto, não há nada de novo. Há sempre um continuísmo. Uma pregação de afirmação daquilo que, a meu sentir, não nos levou nem nos levará a felicidade.

Percebo que todos os autores mais antigos e menos antigos, estão aqueles que apregoavam este contexto, e estes últimos, que os copiam insistentemente. Penso que isso se deva ao fato de que na grande maioria deles, trata-se de pessoas intelectualizadas, abastadas ou que nada viveram de fato, os fatos da vida que poderiam lhe darem embasamentos mais concretos a respeito de ser feliz.

Aprendem literariamente vias outros das mesmas estirpes, via a esta mesmice de sempre. Estes, que corroboram, inevitavelmente com o materialismo, como forma de adquirir felicidades através da falsa prosperidade, que jamais de fato, nos fazem felizes de fato. Até quando dizem crer em algo que poderia ser louvável, não passa, no fundo, no meu ver mais profundo, de teorização do mundo.

Mimados, salvo exceção de alguns, são criados em berços de ouro, mas que conhecem definições através das palavras que lhes dão sentidos teóricos, que jamais tiveram feitos em suas vidas o efeito de cruzarem o cheiro da urina dos bebês, com o que dizem as palavras que pensam, eles, darem e serem suficientes para saber de fato o cheiro das urinas.

O que esses pensam, moldados em teorizações literárias e sem vivências, são em absolutos, crenças cegas. Porque nunca tiveram que comer bagaço de laranja chupada e atirada na beira da calçada para que pudessem saciarem suas fomes. Como podem estes, avaliarem de forma concreta e verdadeira a real sabedoria que isso os levariam a sabê-los, se não, aqueles que passaram por este treinamento de vida?

A arte de ver o profundo, requer experiência para que possamos sentir, a revivência, os fatos da verdade dos fatos. Fora destes contextos reais, ficam as teorizações fadadas ao exato sentido do que possam ser chamados de teorizações. Ainda que chegam próximo através das palavras, o sentir é algo espiritual, que fogem as compreensões para serem julgadas por outrem, que não sejam, os propulsores dos fatos, ainda que os tenham sido involuntariamente promulgados.

Muitos de nós que chuparam os bagaços das laranjas atiradas, jamais tivemos chances de externar nossas verdades. Somos incultos, analfabetos, pobres, sem chances de darmos a contribuição desta ao país, e aos intelectuais, para que pudemos dá-los a estes, a real visão de que neste contexto, deviam limitar-se a dizer e praticar a humildade de Sócrates: “só sei que nada sei”


ZéReys Santos.





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